segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Isto só na casa do tio Armando



Isto meus amigos, só na casa do Ti Armando e da Ti Lurdes. E eu desde de pequenina que sei.



A popota já chegou. Mas quem manda não é a popota, não.

Frases poderosas


Cada vez que me apetecer dizer "aquilo", direi "frases poderosas".
- O que é que disse?
- Quem, eu? Nada, nada... Frases poderosas, aquelas frases poderosas na nossa vida que, são importantes! Como: "amo a minha avó", essas coisas. Ou "O mundo é lindo!"

Ironia pufffffffff ele há cada 1... FP

E se... fosse eu que mandasse...

E se... fosse eu que mandasse?

Fazia com que os cuidados com os idosos implicassem alterações na dieta (ou a comida disponível, isto é, passariam a comer comida de verdade);
Fazia-los implementar programas para ajudar os idosos a fazer desporto, exercícios físicos;
Fazia-los criar espaços para fisioterapia nos Lares de Idosos
etc.
etc.
A lista continuava...

Que sorte a nossa!

Resiliência Emocional do Assistente Social

A construir a minha própria caixa de ferramentas.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O tempo

As coisas mudam, inevitavelmente mudam e muito. E hoje tudo mudou.

Sinto que disse aquilo que merecias ouvir, disse a verdade nua e crua.

Num abrir e fechar de olhos.

E acredita que admito, sigo bem sem ti. Não preciso de pessoas como tu. Não quero nada, apenas distância, agradeço que nunca mais me fales e que nem o tentes fazer. Estou bem sem ti.

Não se pode ter saudades daquilo que foi falso!

Quem ler isto até parece que eu não faço um esforço e que até gosto de sofrer. Realmente é o que dá a entender, mas na verdade já decidi esquecer, embora isto não seja fechar os olhos e quando os abrimos tudo desaparece, até porque quando os fecho mais me lembro de coisas tristes que me fizes-te.

Mas dizem que o tempo cura tudo: a dor, a indiferença, a instabilidade, o medo, o preconceito, a mágoa, as feridas. Mas na verdade, o tempo não cura tudo. Aliás o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções. Mas nesta situação, tenho a certeza que com o tempo tudo vai lá. Com o tempo e força de vontade tudo é possível. Com o tempo as coisas mudam. Os sentimentos e pensamentos também mudam. Tudo muda com o tempo. Esteja frio ou calor. Sol ou chuva. Neve e vento. Ele passa. Não espera por ninguém. Mas nós esperamos por ele. Aliás ele corre sem nós próprios nos apercebermos. É como a vida, não espera, não pára. Está sempre em andamento. Tudo muda. Tudo vai. Tudo volta. Pouco permanece.

E eu? fico aqui a ver tudo a passar a minha volta? não, já chega, o limite esgotou. Não vou perder mais tempo, com coisas que eu própria sei que não têm emenda. O que lá vai lá vai. E o que lá vai foi uma simples perca de tempo. Um erro. Como já disse uma lição de vida. Só falta esquecer. Mas eu e o 'tempo' tratamos disso,sozinhos.

Poderia ser que aprendesses. Que crescesses com os erros, que não dissesses as coisas à toa , que não fizesses as coisas sem pensar, e sem a mínima consciência que do outro lado poderia estar uma pessoa a levar a sério o que dizias. Pelo menos evitavas a minha desilusão neste caso.

Estou arrependida de ter conhecido uma pessoa como tu. Perdi tempo numa pessoa que tem objectivos diferentes dos meus. Numa pessoa que não queria o mesmo que eu. E  pensar que foi só um erro, uma lição de vida e um abre-olhos. Que no fim digo 'adeus' a tudo, a ti.

O Tempo muda completamente tudo. Percebi que não és aquele que eu idealizava que fosses, que tinhas objectivos completamente diferentes dos meus, que na verdade és um completo falso. Tudo o que disseste nada foi verdadeiro, apenas o disseste para somar mais uma ás tuas conquistas. E posso dizer-te conseguiste parabéns. Conseguiste iludir-me. Só não conseguiste o principal, o teu maior objectivo foi um fracasso.

Deixei-me enganar por uma pessoa como tu, mas não fui tão parva ao ponto de fazer aquilo que tu querias. Não me deixei manipular. Apenas fui iludida. Com tanta gente a avisar-me e eu acreditei em ti.

Sinto o maior arrependimento dentro de mim, sinto que fui usada, embora não tenha caído em tudo o que querias, mas é o que eu sinto. Nunca te importaste com o que pensava e muito menos com o que sentia. Pelo menos, foi o tu demonstras-te.

Odiei o teus actos, não gostei mesmo nada. Apeteceu-me chorar mas não chorei. Mas pelo menos isto deu mesmo para me abrir os olhos para a pessoa que tu realmente és. Deu para ver que contigo, não terei ligação mais nenhuma. Por mais conversa que tenhamos. Por mais reaproximação que poderemos ter. Por mais coisas que me digas eu irei negar-te até ao fim. Se isso alguma vez acontecer irá ser assim a minha reacção. Não quero passar por isto outra vez.

Aquilo que mais quero fazer é esquecer. Esquecer a tua existência. Esquecer o que me dissestes e aquilo que estiveste prestes a fazer. Esquecer aquilo que aconteceu entre nós.

Em tempos acreditei em tudo o que dizias. Agora, é diferente. Dizem que só abrimos os olhos quando sentimos na pele a verdadeira dor. E é verdade. Sou de ideias fixas. Se ia contigo para a frente, ia mesmo. Mas houve uma interrupção. Algo que parou. Uma barreira. E ainda bem que foi feita. Senão ia sofrer muito mais um dia. Por aquilo que tu não tens são boas intenções.

Tomei uma decisão que dificilmente alguém à minha volta compreenderá. Uma decisão que tem a ver precisamente com a forma como tomamos decisões e guiamos a nossa vida.

De uma forma estranha para os outros, eu decidi que a melhor opção para mim era aquela. Não espero que entendam, que compreendam. Mas, para mim, foi o que fez sentido. Depois de pôr tudo na balança, de pesar prós e contras, de pensar no passado, no presente, e no futuro, foi o que eu decidi que faria mais sentido.

E a verdade é que, pelo menos a curto prazo, a decisão foi mesmo a mais correcta. Senti-me bem com ela, não me arrependo, sinto-me mais leve. Às vezes, para darmos um passo em frente, temos mesmo de dar um passo atrás. E foi isso que eu fiz. Eu dei um passo atrás, para poder seguir em frente, mais leve, mais segura. Em inglês a expressão "closure" faz todo o sentido. Era disso que eu precisava. E foi isso que eu procurei. Na minha forma estranha, incompreensível, sem nexo. Mas, para mim, era a forma correcta. E, agora, posso seguir em frente. Agora posso aceitar com mais serenidade o que o futuro me reserva. Agora posso abrir os braços e receber o que a vida me trouxer. Agora que eu encerrei o meu passado, agora que o deixei fechado e arrumado onde ele pertence, no passado, agora eu posso caminhar em direcção ao futuro.

Não deixa de ser curioso que as poucas pessoas com quem eu falei sobre este assunto tenham dito que era louca, que era um disparate, que só seria pior para mim. Não deixa de ser curioso que, por vezes, o melhor que temos a fazer é mesmo não dar ouvidos a quem nos rodeia. Às vezes, só às vezes, somos mesmo nós que sabemos o que é melhor para nós. Mesmo quando temos dúvidas, mesmo quando não acreditamos em nós, mesmo quando achamos que é mais fácil seguir os conselhos dos outros e deixar que decidam as nossas vidas. Por muito bem intencionados que os que nos rodeiam possam ser, nós somos quem nos conhece melhor. E, por isso, temos de acreditar em nós. Temos de confiar em nós. Temos de seguir o que diz o nosso coração, o nosso cérebro, o nosso íntimo. Porque, às vezes, pasme-se!, nós também conseguimos tomar decisões certas.



Novembro, 2015