quarta-feira, 28 de maio de 2014

"O Símbolo da Paz" por Andreia Santa Maria - Serviço Social

O “Símbolo da Paz" ainda é desconhecido por muitos (constatação minha). Este símbolo, foi criado em 1958 pelo inglês “Gerald Holtom“, designer profissional, com o objectivo de ser utilizado na “Campanha de Desarmamento Nuclear". Pois foi em Inglaterra, que se realizou o primeiro protesto contra o fabrico e utilização de armas atómicas, utilizando pela primeira vez cartazes com o símbolo representado. “Gerald Holtom” explicou que o “Símbolo da Paz” foi baseado nos códigos de bandeiras, com a sobreposição das letras N (Nuclear) e D (Disarmament), formando a expressão “Nuclear Disarmament” (Desarmamento Nuclear). Mais tarde, o “Símbolo da Paz” apareceu com força nas manifestações do movimento Hippie (Paz e Amor) e nas campanhas contra a guerra do Vietname.
O Símbolo da Paz era mais fácil de desenhar do que a pomba da paz de Picasso. Onde houvesse uma luta pacifista, o “Símbolo da Paz” estava quase sempre presente. Logo, tornou-se um símbolo conhecido em todo mundo. 

Por isto, já não há desculpa para não se saber o que é o símbolo da PAZ!








quinta-feira, 15 de maio de 2014

"A importância da Família" por Andreia Pinho - Serviço Social


Na institucionalização do idoso em Lar é fundamental o acompanhamento familiar.
A palavra Lar é na sua maioria das vezes empregue com conotação negativa e pensada como o fim da linha! Contudo essa ideia tende a ser alterada, pois as instituições com vista ao apoio à terceira idade tendem a melhorar a sua prestação de cuidados, apostando num ambiente “quase” familiar.
A participação activa da família nas actividades quotidianas dos nossos utentes tem um papel fundamental. Viver a terceira idade de forma saudável só é possível com cooperação e articulação entre instituição, como apoio técnico, e a família, com a presença e o apoio afectivo.   

Sabemos que muitos dos idosos não demonstram a importância afeto mas, nas entrelinhas, percebemos que um passeio, uma visita ou uma simples palavra de carinho transforma-se num sorriso.

Andreia Pinho, Assistente Social

A “Soledade” do Idoso, por Andreia Pinho - Serviço Social


Idosos encontrados mortos em casa… são volta e meia notícia à hora das principais refeições do dia!
Um dia olhamos para o espelho e percebemos que o tempo passou… o corpo e a pele estão diferentes, a energia deu espaço ao cansaço e à insegurança. As experiências de vida são agora sabedoria, histórias ricas de senso comum que os jovens teimam em não aceitar como exemplo. Recordo-me como em pequena cheguei a ir à mercearia, na minha bicicleta cor-de-rosa, fazer compras para idosos meus vizinhos e como me sentia útil ao ajudá-los.
É a percepção do passar dos tempos que dá lugar à sensação de inutilidade e depressão. Do fruto das mudanças do corpo e rotinas acabamos por nos isolar quando mais precisamos que nos procurem, de receber um abraço, de uma conversa e reviver emoções como num jogo de sueca.
Um dilema para quem as perdas vão sendo muitas (os amigos, o cônjuge, e até de filhos), conquistas e companhias de toda a vida vão desaparecendo sem aviso prévio deixando marcas, fotografias e alimentando o fantasma da solidão.
A solidão vai permitindo que o idoso perca rotinas e contactos até que os familiares mais próximos e vizinhos tenham notícia pelos piores motivos...abandonados em casa entregues à morte pela solidão e desamparo.
Por isso, devemos estar sensíveis a familiares e vizinhos de mais idade e, se for o caso, abordar o próprio para se dirigir à instituição mais próxima, ou sinalizar a situação também a familiares mais distantes, pois não deixam por isso de ter responsabilidade perante a situação.
No ano de 2011, segundo os dados foram encontrados 2872 idosos mortos sozinhos em casa e, segundo os censos de 2011, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, cerca de 400 mil idosos vivem sozinhos.
A Câmara Municipal de Lisboa lançou uma campanha de apoio ao idoso em SOS com a linha 800 204 204, com o slogan: “Eu sabia que um dia me ia esquecer de tudo, não sabia é que todos se iam esquecer de mim.”
Não permita que se deixe de abrir uma janela, onde a porta já se fechou à muito, para ajudar quem nunca ousará pedir ajuda por orgulho ou não aceitação do passar dos anos.
Esteja atento e alerta, não permita que a solidão faça eco.


Andreia Pinho, Assistente Social

Onde estão os valores? por Autor anónimo & Andreia Pinho, Serviço Social


Quando eu era pequena, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais respeitáveis se tornavam. Inimaginável responder de forma mal-educada aos mais velhos, professores ou autoridades, isto tornava-se sinónimo de um bom puxão de orelhas… Confiávamos nos adultos, ouvíamos os seus conselhos e respeitávamos as suas vontades… Tínhamos medo do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… mas hoje já não se passa isso!
Hoje em dia, dá-nos uma tristeza enorme, tudo aquilo que se perdeu… os ensinamentos dos nossos avós, o respeito pelos mais velhos, o valor da palavra “verdade”.
Actualmente, vivemos num mundo de mentira, onde a palavra já não vale. Vivemos a total perda dos VALORES de outrora. Assistimos ao descalabro: direitos para os criminosos (quanto mais ricos, mais direitos), deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem desleal em tudo, é ser idiota, pagar dívidas em dia, é ser tonto. Amnistia para criminosos. O arrastar vergonhoso de casos judiciais, só porque o principal suspeito é influente no meio.
O que aconteceu às pessoas? Onde estão os valores? O respeito? O que havemos de dizer de: professores maltratados por alunos, comerciantes ameaçados por bandidos, a necessidade de grades nas janelas e trancas nas portas? Que valores são esses? Não se entende!
Crianças do infantário com telemóveis e acessos ilimitados a redes sociais. Serão estes valores que queremos passar aos nossos filhos? Como se poderá chamar ao facto de, muitos filhos olham para os pais e verem um estranho. É necessário convívio na família, não em quantidade mas em qualidade! Actualmente deparamo-nos com o “mais vale parecer do que ser”. Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero ter de volta um mundo de valores, simples, comum e verdadeiro, onde se dá real valor ao ser humano. Onde existe amor, fraternidade, solidariedade, verdade e confiança como base, não a mentira, o ódio e a desconfiança.
Não é utopia… Basta tentar e tem de começar por cada um de nós! 


Autor anónimo & Andreia Pinho, Assistente Social