quinta-feira, 15 de maio de 2014

Onde estão os valores? por Autor anónimo & Andreia Pinho, Serviço Social


Quando eu era pequena, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais respeitáveis se tornavam. Inimaginável responder de forma mal-educada aos mais velhos, professores ou autoridades, isto tornava-se sinónimo de um bom puxão de orelhas… Confiávamos nos adultos, ouvíamos os seus conselhos e respeitávamos as suas vontades… Tínhamos medo do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… mas hoje já não se passa isso!
Hoje em dia, dá-nos uma tristeza enorme, tudo aquilo que se perdeu… os ensinamentos dos nossos avós, o respeito pelos mais velhos, o valor da palavra “verdade”.
Actualmente, vivemos num mundo de mentira, onde a palavra já não vale. Vivemos a total perda dos VALORES de outrora. Assistimos ao descalabro: direitos para os criminosos (quanto mais ricos, mais direitos), deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem desleal em tudo, é ser idiota, pagar dívidas em dia, é ser tonto. Amnistia para criminosos. O arrastar vergonhoso de casos judiciais, só porque o principal suspeito é influente no meio.
O que aconteceu às pessoas? Onde estão os valores? O respeito? O que havemos de dizer de: professores maltratados por alunos, comerciantes ameaçados por bandidos, a necessidade de grades nas janelas e trancas nas portas? Que valores são esses? Não se entende!
Crianças do infantário com telemóveis e acessos ilimitados a redes sociais. Serão estes valores que queremos passar aos nossos filhos? Como se poderá chamar ao facto de, muitos filhos olham para os pais e verem um estranho. É necessário convívio na família, não em quantidade mas em qualidade! Actualmente deparamo-nos com o “mais vale parecer do que ser”. Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero ter de volta um mundo de valores, simples, comum e verdadeiro, onde se dá real valor ao ser humano. Onde existe amor, fraternidade, solidariedade, verdade e confiança como base, não a mentira, o ódio e a desconfiança.
Não é utopia… Basta tentar e tem de começar por cada um de nós! 


Autor anónimo & Andreia Pinho, Assistente Social

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