Contudo, a minha reflexão de hoje é sobre a Paz, deixemos os apupos para outra altura.
No outro dia em conversa com uma amiga sobre a Paz, um tema tão complexo, até nos rimos! Quem é que
está preocupado com a Paz? Nós! Mas todos pensam que é uma utopia! Então foi
assim que surgiu a ideia de escrever estas ideias e assim reunimos
energia e pusemos as mãos à obra.
Como
trabalhadoras das áreas das ciências humanas, contactamos diariamente em
ambientes onde há muitas pessoas, o que nos conduz em termos mais profundos a
procurar respostas a muitas perguntas:
- Porque é que as pessoas agem assim umas com as
outras?
- Porque é que as pessoas não se dão bem umas com
as outras?
- Porque é que as pessoas se relacionam e
comportam assim?
… Os porquês
não tinham fim!
Já todos
ouvimos dizer que o trabalho de mudar o mundo começa em nós mesmos, mas parece
que estamos pouco importados com isto. Mas mundialmente é confortante saber que
são várias as entidades como a Organização das Nações Unidas, por exemplo, que trabalham para a paz no mundo.
Mas o que falta para a paz conseguir tocar os nossos corações? O que falta?
Falta pensar.
Falta reflectir.
Mas deve estar a perguntar-se “Mas para quê?”
Porque são todos
interessados, e a nossa atitude tem efeitos na humanidade. Quando escolhemos o
caminho dos conflitos e da guerra, não chegamos à Paz.
Deveria haver
algo que fizesse com que as nossas ideias, relacionamentos, realidades
políticas, económicas e sociais conduzissem à luta do orgulho, sofrimento,
raiva, ira, fome e gerasse pessoas mais calmas, conscientes, compreensivas, flexíveis e mais ouvintes.
Não admira,
quando somos atacados temos o direito a nos defendermos. Devemos claramente
fazê-lo. Mas como? Se escolhermos atacar os “maus” com a força, pensando que
eliminando os que fazem o mal, eliminamos o mal, virá a desilusão. Isso pode
remediar a “causa” mas não os males dos próprios humanos.
Independentemente das religiões que existem no mundo e das crenças de cada
um, ao escolhermos o caminho da guerra não se chega à serenidade uns com os
outros.
Mas
sejamos realistas, em termos humanos a paz é praticamente impossível.
Mas se
todos tivéssemos como objectivo comum contribuir para uma nova ERA na
civilização humana seria meio caminho andado para que todos pudéssemos viver da
melhor maneira possível.
Ainda não
somos mães, mas acontecimentos polémicos que vimos diariamente na televisão em
que crianças são sujeitas à violência, umas violadas, outras mortas dentro de
electrodomésticos, deixam-nos apreensivas. Mais recentemente, um homem morreu electrocutado
por roubo de cobre. Para nem falar na quantidade de armamento que é feito
diariamente.
Mais de perto, é impossível contermos-nos: O acesso à saúde na doença em Portugal é cada vez mais precário. Indo mais longe, além das guerras que ficaram na história, cada uma de nós como outros tantos que acompanharam acontecimentos como o 11 de Setembro e o 11 de Março de 2004. Que cultura, que sociedade estamos a formar!?
Pois é, é bom
falar, e escrever ainda melhor. Mas não chega. É preciso trabalhar, defender e
promover aquilo em que acreditamos. Todos ganhamos. Mas estamos mais importados
em reunir muitos canudos que formar pessoas humanas. Por isso, entendemos que o
estudo alargado sobre religião, filosofia psicologia e outras ciências humanas
e o desenvolvimento pessoal deveria fazer parte dos programas educacionais.
Ao nascermos
em sociedade e convivermos com o outro, nem tudo pode ser só à nossa maneira.
Por vezes as guerras nas nossas vidas começam em nós mesmos, através dos nossos
pensamentos. Não somos ensinados a colocar de parte o desejo tão humano de pagar o
mal com o mal. Assim, é preciso termos coragem e olharmos para nós mesmos como
seres imperfeitos e perdoarmos-nos insistentemente. Sempre que somos ofendidos e
não reagimos do mesmo modo, libertamos o mundo de um mal imenso. Não há outra
maneira de melhorarmos os nossos relacionamentos, pois vamos precisar sempre
uns dos outros.
Então
trabalhemos a nível pessoal em criar laços de amizade agora e aqui mesmo neste
momento de leitura:
- Escute os outros, evite queixas e críticas. Faça
antes sugestões e dê ideias novas;
- Comporte-se calmamente e seja gentil, evite dar
“ordens” desnecessárias. Ajudar os outros a alcançar o seu potencial,
permitindo-lhes tomar as suas próprias decisões;
- Dê valor às opiniões dos outros. Deixar de ter
“razão” em todas as discussões e situações. Tentar eliminar alguma pressão que
colocamos nas pessoas à nossa volta.
Actualmente emergiram
os terapeutas do riso. De facto está provado que o riso reduz a tensão,
portanto não subestime o humor. Ria e conte aventuras das peripécias que
passou, pois isso ajuda a superar a dor e a construir relacionamentos mais
flexíveis.
A nível
pessoal outro dos passos práticos que se pode adoptar é entender que a luta é
contra o mal e não contra quem faz o mal. Não podemos mudar os outros, mas
podemos mudar-nos a nós próprios. Aproveitem, o tempo é um luxo e porque não
permitir que sejamos um instrumento da paz uns com os outros?
- DISTENDA O CORAÇÃO: ESCUTE OS OUTROS PARA QUE
ESTES SE SINTAM COMPREENDIDOS.
- RESPEITEM A DIGNIDADE E AS ESCOLHAS
DE CADA UM.
- ODIEMOS O MAL E NÃO A PESSOA.
- PERDOE! E PROSSIGA A SUA VIDA.
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