Como sabemos é ao assistente social que cabe realizar o
diagnóstico ou avaliações para se desenvolver o plano de cuidados adequado a
cada pessoa idosa, incluindo as necessidades, recursos da família e da comunidade,
bem como os serviços existentes para dar resposta ao que é solicitado.
A intervenção com o idoso e a sua família em situação de
crise é realizada através da comunicação quer internamente na instituição ou no
exterior-domicílio. Ao Assistente Social cabe identificar, nesta etapa, para um correto encaminhamento as áreas problemáticas a tratar,
tais como, cuidados de saúde necessários; funcionamento cognitivo; necessidades
próprias da demência; saúde mental e psicológica, entre outras necessidades,
Em todo o mundo, uma pessoa idosa pode ter de sair da sua casa e
mudar-se para um lar de idosos ou centro de dia. É nesta mudança de vida que
muitas vezes se têm que rever questões financeiras, jurídicas e médicas para se
realizar um encaminhamento adequado e um acompanhamento específico.
Nos casos em que acontecem alterações no estado de saúde dos
idosos, pode acontecer que estes hesitem e neguem a mudança quer seja nos casos
em que existe a possibilidade de ficarem com a família ou mesmo ficarem numa
instituição.
Além disso, após início de uma doença de demência, o idoso pode
muitas vezes não estar em condições de sequer se conseguir movimentar. Isto
cria um dilema para o idoso e para a família, pois implica uma reorganização da
rede de apoio que lhe permitirá beneficiar quer de um apoio informal e
(conhecido – a família) ou mudança para beneficiar de um apoio formal
(comunidade desconhecida – a instituição).
Nesta fase, a capacitação das pessoas é efetuada no sentido
de verificar as possibilidades do idoso se manter o máximo independente
possível para continuar no seu meio e na sua própria casa. É desta maneira que
vamos manter “viva” a pertença e a ligação ao que lhe é familiar.
Como sabemos o apoio domiciliário efectuado de acordo com as
necessidades do idoso e cuidados a prestar ao domicílio – cuidados pessoais, cuidados
de saúde, cuidados com problemas comportamentais podem acrescer custos.
Contudo, em termos de qualidade de vida estes serviços contribuem,
sem dúvida, para uma velhice acompanhada no seu meio. Estes serviços realizados
pelas IPSS são apoiados e incentivados pelo instituto de Segurança Social
Portuguesa.
Relativamente à gestão de cuidados, a família, (quando
existe), é envolvida. No nosso país ainda não existe muita divulgação sobre a
nomeação de um “tutor” que seja definido por um organismo público, com poderes
para o fazer, como “alguém de confiança
que aceita a responsabilidade de cuidar das necessidades e propriedades de
outra pessoa para o benefício dessa pessoa".
Para as instituições este é um assunto crucial na medida em
que se prestam serviços a idosos que muitas vezes já se encontram em situações
vulneráveis e incapazes de tomada de decisão e sem parentes que se interessem
pela pessoa. São, por exemplo, os casos de demência e doença de Alzheimer,
entre outras, onde a perda de memória é um processo prevalente.
O que acontece é que algumas pessoas acabam muitas vezes,
durante a sua vida, devido à falta de conhecimento, por não refletirem sobre
esta temática de alguém (que se importe) ter de assumir essa responsabilidade a
respeito das suas finanças, bens e situação de saúde quando chegarem a esta etapa
do ciclo vital.
É de bom-tom como seres civilizados que somos, apesar de
parecer um assunto mórbido ou de “mau gosto”, que se deixem preparadas
condignamente algumas providências de forma a evitar futuros desentendimentos
entre os membros da sua família.
Todas as pessoas independentemente da classe social que
pertençam têm a responsabilidade e o direito e dever de organizar a sua vida e
partilhar os seus bens.
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